ABSTRACT
A síncope neurocardiogênica acomete, na grande maioria das vezes, pessoas jovens, aparentemente normais, e que, com a recorrência de sintomas, passam a apresentar limitações quanto às atividades de vida diária e profissional. O tratamento convencional, realizado com bases nas medidas gerais(aumento da ingestão de líquidos, evitar situações desencadeantes e outras), e drogas, como beta-bloqueadores, fludrocortisona e inibidores de recaptação de serotonina, nem sempre é eficaz em diminuir a frequência e a intensidade dos episódios sincopais. Cada vez mais, buscam-se, em todo o mundo, medidas de caráter não farmacológico para minimizar a ocorrência de sintomas. Nesse aspecto, e com base na fisiopatologia das síncopes neuromediadas, recursos como o Tilt training e o treinamento físico apresentam-se como alternativa para abordagem, visto à maior aceitabilidade dos mesmos por parte dos pacientes, relutantes muitas vezes em fazer uso de medicação. Esse artigo busca, através de extensa revisão bibliográfica, discorrer sobre os diversos aspectos do exercício, relacionado-os à fisiopatologia e ao tratamento da síncope neurocardiogênica